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Milho

Zea mays


Origem: Américas

Altura: até 3 metros

Tipo: cereal anual

Uso: Culinário, medicinal, comercial, prático, cosmético


O milho (Zea mays) do latim milius.m termo oriundo do numeral mil, como referência ao grande número de grãos na espiga. Planta da família das gramíneas, de caule grosso, com um a três metros de altura, segundo as espécies;



HISTÓRIA


Os primeiros registros do cultivo do milho são de 7.300 anos atrás e foram encontrados em pequenas ilhas próximas ao litoral do México.


Era a alimentação básica de várias civilizações antigas das Américas como os Olmecas, Maias, Astecas e Incas. Era um alimento tão importante que era considerada uma planta sagrada!


Após a colonização européia das américas, o milho foi difundido para a Europa e, posteriormente, por todo o mundo.


Os indígenas americanos, junto com a seleção natural, transformaram variedades selvagens de milho em plantas cultivaveis.


Com a chegada dos portugueses, houve um desenvolvimento das receitas com milho que se desdobraram em uma grande variedade de pratos.


Existem vários nomes pelos quais é conhecido o milho, como choclo, jojoto, corn, maíz, elote. Existem, também, uma grande variedade de tipos de milho, aproximadamente 150 espécies, como o duro, o macio, doce e o de pipoca. As espécies variam no formato dos grãos e nas cores, existem milhos de praticamente todas as cores! Através da escolha dos melhores grãos para se plantar os fazendeiros e agricultores auxiliaram na seleção natural, tornando os milhos cada vez mais fortes e com melhores grãos onde quer que fossem cultivados. Pela facilidade e fartura de produção, o milho se tornou um alimento muito necessário para se alimentar a população e as criações de animais como porcos e galinhas.


No entanto, a constituição física da espiga representa uma desvantagem natural, pois não facilita que ele se semeie naturalmente. Sendo necessário que alguém, em algum lugar guarde os grãos para plantar no ano seguinte, tornando o milho e o homem interdependentes.


No espaço de dois séculos, o grão dourado havia se tornado uma mercadoria comercial extremamente versátil. E se tornou um alimento importante também nos países colonizadores.


Um fato interessante é que não é possível fazer um caminho de evolução do milho, pois não foram encontrados genéticos entre o milho cultivado hoje e seus primos silvestres.



USO


O milho é extremamente versátil, existem mais de 3.500 usos diferentes para os produtos que se extraem do milho.


A composição química do grão de milho é muito complexa. É rico em proteínas, fibras e vitaminas principalmente E e do complexo B, que é essencial para o bom humor, sendo muito indicado para dietas como substituto do arroz, macarrão ou pão. É uma fonte saudável de energia, possui carboidratos complexos que são absorvidos lentamente evitando picos de açúcar e faz o corpo gastar calorias para quebrá-lo. O milho é muito nutritivo sendo rico em vitaminas E e do complexo B, que é essencial para o bom humor. Possui grande variedade de minerais e antioxidantes como betacaroteno, luteína e zeaxantina.

Melhora a circulação sanguínea e previne doenças do coração. Auxilia na perda de peso, aumenta a sensação de saciedade e a eliminação de gorduras do corpo, suas fibras insolúveis ajudam a diminuir a absorção de gorduras e aumenta a excreção de ácidos biliares. As fibras auxiliam na digestão e equilibram o trato intestinal. Por não conter glúten pode ser consumido por pessoas que possuem a doença celíaca.

O milho possui nos estigmas (cabelo de milho) substâncias que o tornam diurético, podendo ser importante no controle da hipertensão.

A zea xantina e o betacaroteno e a luteína contribuem para a saúde dos olhos e previnem doenças da mácula.

O milho pode ser consumido de muitas formas, in natura ele pode ser assado ou cozido, seco e triturado se transforma em farinha, fubá e também em amido de milho. Existem ainda canjicas, flocos de milho, grits, farelo e o óleo.

As receitas com este alimento também são várias: pamonha, mingau, curau, bolos…segue uma receita para você se deliciar Cuscuz de Milho

Coloque 300 g de farinha de milho flocada em uma vasilha, coloque sal a gosto e acrescente água aos poucos, até ficar com aparência de areia molhada. Deixe descansar por 10 minutos para hidratar bem.

Passe para a cesta da cuscuzeira, não aperte, deixe ficar soltinha. Na parte de baixo coloque água suficiente e leve ao fogo alto. Quando ferver abaixe o fogo e deixe cozinhar por 10 minutos, até ficar macio.

Vire, com cuidado, o cuscuz em uma vasilha e desmanche o monte com um garfo.

Pegue duas colheres de sopa de manteiga e misture com uma colher da água da cuscuzeira, se necessário aqueça um pouco mais até a manteiga derreter por completo. Regue o cuscuz com esta mistura. E Bom Apetite!!

O açúcar do milho começa a se converter em amido no momento da colheita, por isso o ideal é consumi-lo o mais fresco possível.

Mas o milho está em nossas vidas em outras partes que talvez nem todos saibam, como na fabricação de fermentos, na produção de etanol, nos carros onde as cabeças dos cilindros, os pneus, líquido do limpa pára-brisas e nas baterias contêm milho em suas composições.

Em cosméticos o amido é usado como agente de consistência e como ativo hidratante. A partir do milho também se produz surfactantes e emolientes.

Apesar de não haver estudos conclusivos sobre possíveis malefícios do milho transgênico, sempre que possível, dê prioridade para as espécies orgânicas e crioulas.


CURIOSIDADE


Apesar do nome milho verde, as espigas mais conhecidas são as amarelas, mas existem espigas das mais variadas cores: roxo, vermelho, azul, preto e até uma espécie chamada de arco íris, por conter várias cores em uma só espiga!

As plantações de milho devem ficar isoladas de outras plantações de milho de espécies diferentes, pois pode haver cruzamento entre as espécies. Por exemplo, se houver uma plantação de milho de pipoca próxima a uma de milho para consumo em espiga, na mesma espiga pode ter os dois tipos de grãos ou mesmo espigas inteiras de uma ou outra espécie em uma mesma planta. Daquela delícia de Cuscuz, muitos acreditam que o cuscuz é uma comida tipicamente brasileira, mas sua origem, na verdade, é do Oriente Médio. Mas a prática de misturar ao queijo, carne seca e outras coisas foi um incremento brasileiro ao prato. Em cada região do Brasil encontramos adaptações deste prato, no nordeste é comum servi-lo tanto doce, quanto salgado, com leite de coco e coco ralado. Em Minas Gerais é comum recheá-lo com um pedaço de queijo.

REZA A LENDA

Conta-se que quando os colonizadores espanhóis chegaram nas Américas ouviram dos incas relatos sobre casas que tinham quartos cheios até o teto de riquezas douradas ao qual os espanhóis supuseram se tratar de ouro. Mas quando os espanhóis finalmente encontraram estas casas, a riqueza dourada, tão bem guardada, eram espigas de milho, alimento sagrado e visto como um verdadeiro tesouro!

A origem do milho também aparece como lenda de várias culturas:

De acordo com os Guaranis, em tempos muito antigos, os índios viviam afastados um dos outros, cada família era responsável pelo seu sustento, caçando e pescando apenas para sua própria família.

Haviam, porém, dois índios muito amigos e que saíam para pescar e caçar juntos, repartindo o que conseguiam entre suas famílias.

Um dia, quando saíram para pescar, um deles comentou com o outro: -Será que “Nhandeyara, o Grande Espírito, não é capaz de criar um alimento que nascesse na terra e fosse mais fácil de colher? Os frutos só nascem em uma época e a caça e a pesca muitas vezes faltam e são difíceis de apanhar. Naquele dia a pesca não teve resultados e os dois voltaram com seus cestos vazios.

No dia seguinte, os dois saíram para caçar e, novamente, não tiveram sucesso e voltaram para suas famílias de mãos vazias. Por toda aquela lua a escassez de alimentos levou os dois guerreiros e suas famílias a fome e a fraqueza.

Uma noite enquanto os dois conversavam, apareceu um grande guerreiro envolvido em raios de luz. Aproximou-se dos dois e disse que era um enviado de Nhandeyara, que tinha escutado a conversa e que o mandar para levar até eles o alimento que pediram. Para terem este alimento eles deveriam lutar um com o outro até a morte e o mais fraco deveria ter seu corpo enterrado perto da cabana. Da sepultura nasceria uma planta, que daria frutos suficientes para sustentar todo o tempo as duas famílias e a quantos mais a cultivassem.

Os dois então iniciaram a luta e Avaty, um dos caçadores, acabou perdendo a luta e sendo morto pelo amigo que enterrou seu corpo como o guerreiro orientou. O estranho guerreiro luminoso desapareceu então na escuridão da floresta.

Durante vários dias o caçador restante muito triste saiu para caçar sozinho, demorando mais e se dedicando mais a tarefa, já que agora tinha duas famílias para sustentar.

Nos primeiros dias da primavera, surgiu uma formosa planta de muitas folhas verdes e espigas douradas sobre o túmulo de Avaty. Viu então o caçador que a promessa feita pelo estranho guerreiro havia finalmente sido cumprida e acalmou seu coração compreendendo a grande sabedoria de Nhandeyara, que pode sacrificar um homem de bem para o bem de todas as outras criaturas.

Aquela linda planta recebeu o nome de Avaty em homenagem àquele índio sacrificado. Os grãos passaram a ser compartilhados em um gesto de união e amizade, pois todos os índios sabem que a abundância deste precioso alimento provém do sacrifício de um fiel amigo.

Lenda dos antigos povos do México: Suas tradições referem que a invenção deste cereal, deu-se depois da inundação diluvial da Antiguidade Americana e que foi efetuada por Quetzalcoatl, ou por seu companheiro Yucateca.

Naquela época os deuses, desejando encontrar com que acudir a subsistência dos homens, se puseram em marcha para descobrirem alguma planta. Quetzalcoatl chegou ao fim da estação da chuva na montanha Paxil, situada nos limites ocidentais da Guatemala e do estado de Chiapas.

Ali encontrou homens carregados de feixes de milho. Segundo historiadores, seriam formigas, símbolo da indústria e do trabalho, as que teriam levado a Quetzalcoatl ao descobrimento desse cereal tão importante


CARACTERÍSTICAS

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Liliopsida

Ordem: Poales

Familia: Poaceae assim como a grama de jardim

Genero: Zea

Espécie: Z. Mays

A planta do milho pode chegar a uma altura de 2,5 metros.

O caule tem aparência de bambu e as juntas estão geralmente a cinquenta centímetros de distância umas das outras. A fixação da raiz é relativamente fraca. A espiga é cilíndrica, e costuma nascer na metade da altura da planta.


Os grãos são do tamanho de ervilhas, e estão dispostos em fileiras regulares presas no sabugo, que formam a espiga. Eles têm dimensões, peso e textura variáveis. Cada espiga contém de duzentos a quatrocentos grãos. Dependendo da espécie, os grãos têm cores variadas, podendo ser amarelos, brancos, vermelhos, pretos, azuis ou marrons. O núcleo da semente tem um pericarpo que é utilizado como revestimento.


O cabelo do milho serve para ele se reproduzir, eles servem para transportar o pólen que vai fecundar a espiga dando origem aos grãos do milho, que são os frutos.

Produtos Magna Mater com Zea mays



Produtos Magna Mater com Milho




REFERÊNCIAS

LAWS, Bill – 50 Plantas que Mudaram o Rumo da História – Rio de Janeiro - Ed Sextante 2013 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722011000400001 em 16/04/2021




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