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Ginseng


Panax ginseng 

região nativa China e Ásia ocidental

tipo  Arbusto de pequeno porte

altura até 3 m

uso Medicinal, cosmético​

Ginseng  se refere a uma ou mais espécies de plantas do gênero Panax usadas como erva medicinal como as espécies Panax ginsengPanax japonicus.

Diz-se que a palavra “ginseng” significa “a maravilha do mundo”. O nome “panax” deriva da palavra grega “panacea”, que significa “cura tudo”. O ginseng é geralmente utilizado como substância adaptogenea, o que significa que normaliza o funcionamento do corpo de acordo com as necessidades individuais (por exemplo, abaixa a pressão arterial alta, mas aumenta a pressão baixa). 

HISTÓRIA

O ginseng é originário da Manchúria, da Tartária chinesa e de outras partes da Ásia ocidental, e é largamente cultivado na China, na Coreia, no Japão e na Rússia. A planta cresce agora também nas florestas ricas do este e do interior norte-americano.

Há mais de 7000 anos que se usam várias formas de ginseng na medicina alternativa. Várias espécies crescem pelo mundo inteiro, e embora algumas sejam preferidas para efeitos específicos, todas são consideradas como tendo propriedades semelhantes de rejuvenescimento eficaz do corpo e da mente. No Brasil a espécie Pfaffia paniculada é conhecida como Ginseng brasileiro, as semelhanças desta planta com o ginseng oriental se dá pelas qualidades curativas e pelo formato antropomorfos das raízes. Na Coreia, a procura anual da planta incluía muitos rituais. Os que a colhiam deviam ser ascetas e as raízes eram cuidadosamente desenterradas à mão.

Até ao século 19, os Jesuítas foram os únicos europeus a chegar até a China e, em 1713, o padre francês Jartoux escreveu sobre uma planta chamada pelos Tártaros de “orhota”. Supostamente esta planta possuía poderes maravilhosos. Tratava-se do Panax ginseng.

Estas notícias chegaram ao conhecimento de outro missionário, Joseph Lafifau. Ocorreu-lhe que as áreas florestais descritas como o habitat do ginseng eram bastante semelhantes ao ambiente em que ele próprio trabalhava. Decidiu procurar ginseng canadense, o qual encontrou nas florestas perto de Montreal. A planta era conhecida pelos índios como “garentoquen”. Parecia ser o ginseng americano.

Aparentemente muitas etnias indígenas já conheciam a planta há séculos, e esta fazia parte da sua medicina. Os índios Chippewa chamavam a planta de “shte-na-bi-o-dzhi-bih”, o que significa “raiz do homem”. A planta tinha propriedades revitalizantes e analgésicas. Como a raiz tinha uma forma humana, usavam a parte que se parecia com a zona do corpo com dores.

Os espécimes norte-americanos foram transmitidos para Paris por Sarassin, em 1704. Desde o início do século 18 houve dois períodos em que o ginseng americano foi transportado da China. Naquela altura apenas o imperador tinha o direito de colher as raízes na natureza.

Agora o ginseng é uma erva protegida na China e na Rússia. O ginseng branco natural é frequentemente processado a vapor para a produção do “ginseng vermelho”, o qual tem uma potência medicinal diferente e mais forte.

USO

As raízes secas, das quais a periderme é retirada, são chamadas de “ginseng- branco”, enquanto que o “ginseng-vermelho” é obtido através da exposição das raízes ao vapor de água, com posterior secagem, sem a retirada da periderme. Esse procedimento altera a cor para o marrom-avermelhado.

O Ginseng é composto primariamente de ginsenosídios, é rico em saponinas e oligoelementos  com propriedades tonificantes; cicatrizantes; anti-inflamatórias; refrescantes; estimulante celular; restauradora de tecidos; hidratante e nutritiva. 

Na medicina chinesa, acredita-se que o Ginseng promove longa vida, força e sabedoria. Com sua habilidade de estimular a regeneração da pele, ele aumenta naturalmente a vitalidade e a produção de colágeno. O Ginseng é usado para reduzir os efeitos do stress, melhorar o desempenho geral, impulsionar os níveis de energia, ajudar a memória, e estimular o sistema imunológico.

A medicina oriental avaliou o ginseng como ingrediente essencial em todas as suas melhores receitas, e considera a planta preventiva e curativa. Diz-se que remove a fadiga mental ou corporal, cura os problemas pulmonares, dissolve tumores e reduz os efeitos do envelhecimento. Também se usa contra os diabetes, para proteger de radiações ou quimioterapia, contra as constipações e queixas peitorais, para ajudar a dormir, e para estimular o apetite.

REZA A LENDA

Segundo tradições antigas, o poderoso espírito da montanha enviou um menino prodígio, que se encontrava escondido disfarçado de uma raiz semelhante ao Homem, para salvar a humanidade do seu sofrimento. 

Dizem que o mítico imperador Shen-nung foi a primeira pessoa a usar o ginseng. Este imperador foi abençoado com um abdômen transparente, através do qual podia julgar as propriedades curativas por si próprio.

Uma dieta na qual o ginseng é um ingrediente central era considerada essencial para atingir uma idade avançada. Conta-se que chinês Li Chung Yun alimentou-se apenas de vegetais crus e de ginseng, e atingiu a respeitável idade de 256 anos (1677-1933).

CARACTERÍSTICAS

classe Magnoliopsida (dicotiledônea) como o Cupuaçu ordem Apiales como o Coentro família Araliaceae como a Hera

gênero Panax

É uma erva perene, com uma raiz grande e carnuda de crescimento muito lento, com 5 a 7,5 cm de comprimento (ocasionalmente pode ter o dobro deste tamanho), e com 1,5 a 2,5 cm de espessura. As cores variam do amarelo pálido ao acastanhado.

Tem uma doçura mucilaginosa, quase licorosa, com alguma amargura e um ligeiro calor aromático, e pouco ou nenhum aroma. O caule é simples e ereto, com cerca de 30 cm de comprimento, com três folhas, cada uma dividida em cinco folhinhas dentadas, e uma única umbela terminal com algumas florzinhas amarelas. O fruto é um cacho de pequenas bagas vermelhas. O ginseng floresce pela primeira vez no quarto ano, e as raízes demoram 4 a 6 anos a atingirem a maturidade. Quanto mais velha for a raiz maior será a concentração de ginsenósidos, os compostos químicos ativos, e por isso mais potente será o ginseng. As raízes de ginseng podem viver mais de cem anos.

REFERÊNCIAS

FETROW, Charles W e AVILA, Juan R. Manual de Medicina Alternativa – Rio de Janeiro- Ed Guanabara Koogan, 2000

TESKE, Magrid e TRENTINI, Anny M. M. – Compendio de Fitoterapia – 3ª edição – Curitiba – Ed Herbarium - 1995

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