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Carvalho

Quercus robur

Aqueles homens-carvalhos cinzas, nodosos, sombrios, genuvalgos, curvados, tortos, enormes, estranhos, disformes que ficam aguardando século após século."

(Francis Kilvert, Kilvert’s Dyary 1870 - 1879)


Origem: Hemisfério Norte

Altura: 20 a 30 metros, dependendo da espécie, pode chegar a 40 metros

Tipo: Árvore

Uso: Comercial, medicinal, cosmético

O carvalho são árvores poderosas pertencentes à família Fagaceae e se refere a diversas centenas de espécies do gênero Quercus. Seu tronco pode chegar a 10 metros de diâmetro e pode viver por cerca de 1000 anos.

HISTÓRIA

O botânico nome do carvalho – quercus, é derivado dos termos celtas “Quer” que significa “bom” e de “cuez” que significa árvore.

Estima-se que os carvalhos apareceram na Terra a cerca de 66 milhões de anos. Um milhão de anos atrás, provavelmente, os carvalhos cobriam a maior parte da terra europeia e só passaram a regredir na expansão após o ser humano começar a cortá-los.

Por volta de 5500 anos atrás seus troncos foram usados para fazer imensos monumentos neolíticos. Os taninos presentes em suas cascas passaram a ser utilizados para amolecer o couro de animais.

O carvão do carvalho foi sistematicamente usado para forjar metais e também para a extração de chumbo, cobre, bronze, ferro e ouro, levando as árvores quase à extinção em algumas partes da Europa.

Os celtas acreditavam que o carvalho era um símbolo sagrado, os druidas colhiam visco no sexto dia lunar de dezembro com uma foice de ouro e anunciavam a chegada do Ano Novo cantando “Para visco, o Ano Novo”. Os agricultores utilizavam as bolotas (fruto do carvalho) para fazer farinha. Mesmo hoje em dia, um número de membros das tribos berberes usa as bolotas para produzir um cereal muito nutritivo conhecido como “Racahout.

Referências do carvalho são encontradas nas mitologias grega e romana também. E o costume de utilizar suas sombras para a realização de cerimônias persistiu mesmo depois que o Cristianismo foi introduzido.

Os godos, pessoas que habitavam a Alemanha antiga, consideravam o carvalho como uma marca de força e vitória. Assim, o termo “forte como um carvalho” surgiu e é usado até os tempos atuais.

Mas um dos usos mais importantes do carvalho nos tempos antigos foi a construção de navios. Na verdade, o carvalho era um recurso natural que foi extremamente desejado pelos novos colonizadores, principalmente na América do Norte.

No século XIX foi amplamente explorado, sendo usado para a construção, calefação, tingimento e reservatório para cerveja, vinhos e destilados.

Estima-se que 5 mil carvalhos maduros foram usados para a construção da nau capitânia do Almirante Nelson entre 1759 e 1764. O uso dessa madeira foi tão descontrolado que ameaçou de extinção de várias espécies.

Apesar de seu grande tamanho e força, é uma árvore de reprodução lenta, pode levar até 50 anos para produzir suas primeiras sementes. Além disso, a maior parte de suas nozes será comida pelos animais como esquilos e outra grande parte irá apodrecer antes de chegar ao solo.

Algumas das espécies mais conhecidas são Carvalho-vermelho; Carvalho-vermelho-americano; Carvalho-japonês; Carvalho-negral; Azinheira; Carvalho-português ou lusitano, entre outros. Nem sempre é fácil catalogar as variadas classes integradas por esta árvore, pois elas constituem constantemente entre si os famosos híbridos.

USO

O uso medicinal do carvalho faz parte da farmacopeia vegetal há milhares de anos.

Sua casca possui poderosa ação adstringente e combate infecções de garganta e boca, ajuda a estancar sangramento nas gengivas e para curar a diarreia aguda.

A tintura da casca de carvalho foi estudada para uso em infecções renais e pedras nos rins.

Externamente ajuda a combater infecções por estafilococos. E compressas quentes com seu chá são indicadas para acalmar as dores osteomusculares e articulares ou como um cataplasma para curar feridas e abcessos. O pó da folha e da casca é usada para estancar sangramentos nasais, e talcos preparados com o mesmo pó estancam pequenas hemorragias externas.

Uma das 38 essências florais do Dr Bach, designada OAK, segundo o próprio Dr Bach , é a essência “para aqueles que se esforçam e lutam fortemente para melhorar no que se refere às questões da vida diária. Continuam tentando uma coisa depois da outra, apesar de seu caso parecer sem esperança. Continuarão lutando. Ficam descontentes consigo mesmos se a doença interfere em suas obrigações e os impede de ajudar os outros. São pessoas corajosas, que lutam contra grandes dificuldades, sem perder a esperança ou deixar de lutar.”

É muito recomendado o chá da casca para os casos de diarréia e na forma de banho para aliviar hemorróidas e fissuras tanto no orifício retal como no bico do seio.

Além disso, a casca de carvalho foi frequentemente misturada com o ferro de sal tingimento de têxteis de cor preta. A madeira obtida a partir da árvore de carvalho é muito viável economicamente e utilizada como matéria-prima para a fabricação de móveis, pavimentação, construção de casas armações, bem como estrutura ferroviária.

CURIOSIDADES

O carvalho é usado por botânicos e geólogos como um instrumento para medições de grandes intempéries causadas pela natureza no meio ambiente. Pois este espécime, quando exposto a tempestades e tufões, afunda ainda mais suas raízes no solo e seu tronco se revigora diminuindo cada vez mais a possibilidade dele tombar pelos temporais, a cada tempestade ele se torna mais forte até que a possibilidade dele cair se torne nula! Desta forma, o carvalho aprende com a experiência e se fortalece a cada dificuldade enfrentada.


REZA A LENDA

Na floresta de Sherwood se encontra um grande carvalho conhecido pelo nome de Major Oak (Carvalho maior) que acredita-se que tenha cerca de mil anos, possui 15 metros de altura e 10 de circunferência. É uma árvore tombada como patrimônio na Grã-Bretanha e dizem que o próprio Robin Hood o usava como esconderijo.

Major Oak é considerada uma das mais lendárias árvores do mundo e recebe milhares de visitantes todos os anos, em Nottinghamshire.

CARACTERÍSTICAS

Reino: Plantae Sub-reino: Traqueófitas Divisão: Angiosperma Subdivisão: Rosideas Filo: Eudicotiledoneas Subfilo: Rosídeas Classe: Dicotiledónea Ordem: Fagales Familia: Fagaceae Genero: Quercus

Suas Folhas são lobadas, ou seja, com lóbulos de formato característico. Algumas espécies apresentam folhas com borda serrilhada. Algumas espécies têm folhas perenes, outras deixam cair suas folhas no inverno. As flores são cilíndricas, sem pétalas.

Os frutos do carvalho são chamados de bolotas, glandes ou landes e são compostos de uma espécie de castanha envolvida parcialmente por uma membrana, criando um formato bem característico. Seus frutos são consumidos por uma fauna variada: esquilos, gralhas, roedores, javalis, porcos etc. Alguns desses animais, como os esquilos e as gralhas, costumam armazenar bolotas em esconderijos para serem consumidas posteriormente, o que é útil para a dispersão da planta, pois parte das bolotas armazenadas acaba por germinar num local longe da planta-mãe.

Produtos Magna Mater com Quercus robur







REFERÊNCIAS




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