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Romã


Punica granatum Origem: Originário da região da Europa e Ásia. Altura: ate 5 metros Tipo: arvoreta Uso: culinário, ornamental, medicinal A importância da romã é milenar, ela aparece nos textos bíblicos e os gregos a consideravam como símbolo do amor e da fecundidade. Para os judeus, a romã é um símbolo religioso com profundo significado no ritual do ano novo, pois acredita-se que o ano que chega sempre será melhor do que aquele que vai embora. HISTÓRIA Nativa da Pérsia, foi domesticada no Iran ao redor de 2.000 anos antes de Cristo. tendo sido levada para o mediterrâneo, provavelmente, pelos fenícios, onde se tornou popular e seu fruto foi descrito como possuidor de importantes propriedades medicinais. No Mediterrâneo, tornou-se, há muito, uma fruta de algum interesse. Daí foi distribuída para outros países da Ásia às Américas. Nos textos do antigo Egito encontra-se mencionada sob o nome de «schedech-it» uma espécie de limonada que se obtinha da polpa da romã, um pouco ácida e refrescante. No Pentateuco com frequência é relatado como os hebreus, durante a sua peregrinação pelo deserto, dirigidos por Moisés, sentiram falta das romãs e das uvas do Egito. No templo de Salomão a romã foi usada como motivo decorativo.  Já Hipócrates (460-377 A.C) empregava o suco das romãs como estomacal nos enfermos e febricitantes. Também é antigo o uso dietético e terapêutico da romã. 0 cultivo da romã deve ter sido introduzido na Península ibérica pelos árabes, em 711. A cidade de Granada, fundada pelos mouros no século X, tirou o nome precisamente da romã (em espanhol «granada»), que também faz parte do seu brasão de armas. Do inglês, o termo “pomegranate”, deriva do latim, sendo constituído de dois termos: “pomum” que significa maçã e “granatus”, com sementes. Do hebraico, a palavra “rimon” (romã), significa “sino”. Em Roma, a fruta era chamada de “mala granata” ou “mala romana”, que significavam, respectivamente, “fruto de grãos” ou “fruto romano”. Do espanhol, a palavra “granada” significa romã. Chegou ao Brasil com os portugueses. Segundo o sociólogo Carlos Alberto Dória, 48, estudioso da cultura da alimentação, para os povos antigos, como os gregos, os romanos e os persas, havia a concepção de que a romã era a ponte entre a mortalidade e a imortalidade. "O homem apaixonado que comia a romã se tornaria imortal. Já um deus que a consumia se transformaria em um mortal", diz. USO É uma das espécies cultivadas desde os mais antigos tempos e empregadas em usos domésticos. De longa data se conhece a atividade das cascas do caule e da raiz desta planta contra vermes chatos, diarreia crônica e disenteria amebiana. O fruto pode ser consumido ao natural, ou como sucos, geleias ou vinho chamado grenadine. Também pode ser usado como tinturas mães, extratos secos ou pó da planta. A romã é um fruto rico em flavonóides, sendo por isso um excelente antioxidante. É pouco calórico e rica em fósforo, potássio e fibras. Ela é rica em ácidos fenólicos e também em flavonóides, que dão uma cor avermelhada ao suco. É um dos alimentos mais ricos em manganês, e em vitamina B2 (riboflavina). O suco, a polpa e a casca da romã são portadoras de propriedades que podem promover a redução do colesterol, retardam o envelhecimento. Possui propriedades antioxidantes, hipoglicemiante, redutora de colesterol, atividade antivirótica, anti-helmíntica, antifúngica, antibacteriana, preventiva de câncer, reparação de feridas e com atividade estrogênica. É rica em taninos, tendo um papel importante como cicatrizante. O chá das folhas é usado nas irritações dos olhos. Possui atividade microbiana, anti-inflamatória e tem ação antiviral. É indicada para gargarejos em casos de amigdalites bacterianas, faringites virais e inflamação das gengivas. Estudos recentes indicam o uso da casca do fruto para tratamento de inflamações na boca e na garganta, e do líquido envolto nas sementes contra catarata. Externamente na forma de bochechos e gargarejos é usada contra gengivites e faringites e, em banhos contra afecções vaginais e leucorréias. Como a casca contém 30% de tanino, pode ser usada para curtir couro. Tem propriedades terapêuticas e é usada na medicina popular. Sua popularidade no paisagismo tem aumentado muito nos últimos tempos. A utilização da romãzeira é usual em jardins de estilo mediterrâneo e é crescente seu cultivo em vasos, adaptando-se aos jardins em varandas e pequenos espaços. A variedade “Nana” (Mini-romazeira) é a mais apropriada para esta utilização. REZA A LENDA Na mitologia grega a romã aparece relacionada a história de Perséfone que após ser raptada pelo seu tio Hades, o deus do submundo, ela recusou qualquer alimento enquanto esteve no reino dos mortos. Isso porque a lei dos infernos admitia o jejum e quem sucumbisse à fome não retornaria ao mundo dos imortais. Entretanto, ao saber de sua libertação, acaba comendo três sementes de romã, associada nesse caso, ao pecado. Esse fato foi essencial para garantir seu retorno ao inferno e ao amante, por três meses a cada ano, os quais simbolizam a estação do inverno. Na Roma Antiga, jovens recém-casados usavam coroas de ramos de romãzeira. Na Ásia, a romã está associada aos órgãos genitais femininos, e por isso, é o símbolo de desejo e da sexualidade feminina. Na Índia as mulheres tomavam o suco de romã a fim de assegurar a fertilidade e combater a esterilidade. Dizem que cada romã possui 613 sementes e este número seria igual aos 613 mandamentos ou provérbios judaicos (Mitzvots) que existem na Tora. CARACTERÍSTICAS Reino: Plantae Filo: Magnoliophyta Classe: Magnoliopsida Ordem: Myrtales Familia: Lythraceae Genero: Punica Especie: P. granatum Arbusto ramoso ou arvoreta que atinge de 2 a 5 m, de tronco acinzentado e ramos avermelhadas quando novos. A romãzeira se adapta desde os climas tropicais e subtropicais aos temperados e mediterrânicos. As folhas são simples, cartáceas, dispostas em grupos de 2 ou 3, de 4 a 8 cm de comprimeto. As flores da romazeira são vermelho-alaranjadas e simples, ocorrendo variedades de flores dobradas como a “Legrellei”, constituídas de corola e um cálice esverdeado, duro e coriáceo. Os frutos são esféricos, com casca coriácea e grossa, amarela ou avermelhada manchada de escuro. O seu interior é composto de muitas sementes, cobertas por um tegumento espesso, polposo de cor rósea ou avermelhado, de sabor ácido e doce. É esta polpa que envolve as sementes a parte comestível do fruto. esverdeado, duro e coriáceo.  Frutos do tipo baga, globóides, medindo até 12 cm, com numerosas sementes envolvidas por  um arilo róseo, cheio de um líquido adocicado.


Xarope Composto com Romã




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