top of page

Coco


COCO

Cocos Nucifera

Região nativa: Asia

Altura: ate 30 metros

Uso: até  Alimentício, terapêutico e cosmético.

Cocos Nucifera é o nome cientifico do que conhecemos popularmente de coqueiro da índia, coco da praia, coqueiro, coqueiro anão e coco da baía. É a única espécie classificada no gênero Cocos.

O coqueiro é um grande palmeira, de estipe solitário, que chega a atingir 30 metros de altura. É uma planta típica de clima tropical, que normalmente frutifica em locais de clima quente

HISTÓRIA

As origens do coqueiro são controvérsias, há indícios de que ele surgiu na Ásia, Oceania ou África. Registros fósseis da Nova Zelândia indicam aí a existência de pequenas plantas similares ao coqueiro de mais de 15 milhões de anos, fósseis ainda mais antigos foram também descobertos no Rajastão, na Índia.

O fato é que devido à baixa densidade de suas sementes, o coco se espalhou através de correntes marítimas, pelo litoral de diversos países tropicais. Já foram encontrados cocos transportados pelo mar tão ao norte como na Noruega em estado viável, que germinaram subsequentemente em circunstâncias apropriadas.

Chegou ao Brasil com os portugueses, proveniente do Cabo Verde, teve seu plantio inicial no estado da Bahia, espalhando-se posteriormente pelo litoral nordestino. Com a chegada dos escravos de Moçambique, onde o aproveitamento do leite de coco e a feitura de pratos com o fruto já eram práticas comuns, é que se iniciou a criação dos pratos da tradicional culinária afro-brasileira.

Em algumas partes do mundo, macacos treinados são usados na colheita do coco. Dizem que escolas de treinamentos para macacos ainda existem no sul da Tailândia. Todos os anos são realizadas competições para identificar o mais rápido colhedor.

REZA A LENDA

Há uma série de mitos sobre como a origem do coco, e como a maioria dos bons mitos, todos eles envolvem violência. Se você olhar atentamente para um coco verá que suas características podem assumir uma aparência assustadoramente humana, com dois olhos e uma boca.

Na Nova Inglaterra, a cabeça decepada veio de um menino que tinha sido completamente comido por um tubarão, mas sua cabeça foi misteriosamente poupada, e depois que foi sepultada brotou no primeiro coqueiro. Outro mito vem das ilhas do Almirantado, a lenda conta a história de dois irmãos que roubaram uma canoa do diabo para ir pescar. O diabo os persegue e os seguram por um tempo e depois os joga para serem comidos pelos peixes, mas o irmão mais novo corta seu irmão mais velho em pedaços, mas deixa a cabeça intacta. Na Birmânia, quem perdeu literalmente a cabeça foi um homem decapitado por um rei que tinha se cansado de suas brincadeiras.

*

Enquanto caçava um dia, um homem chamado Ameta encontrou um coco , algo nunca antes visto em Seram, que havia sido pego na presa de um javali . Ameta, que fazia parte de uma das nove famílias originais do povo West Ceram que emergiram das bananas , levou o coco para casa. Naquela noite, uma figura apareceu em um sonho e o instruiu a plantar o coco. Ameta fez isso e, em poucos dias, o coco se transformou em uma árvore alta e floresceu. Ameta subiu na árvore para cortar as flores e recolher a seiva , mas cortou o dedo e o sangue caiu em uma flor. Nove dias depois, Ameta encontrou no lugar dessa flor uma garota a quem ele chamou Hainuwele, que significa "Ramo de Coco". Ele a envolveu em um sarongue e a levou para casa. Ela amadureceu com uma rapidez surpreendente. Hainuwele tinha um talento notável: quando defecou, ​​excretou itens valiosos. Graças a isso, a Ameta ficou muito rica.

Hainuwele assistiu a uma dança que duraria nove noites em um lugar conhecido como Tamene Siwa . Nessa dança, era tradicional as meninas distribuírem nozes de areca aos homens. Hainuwele fez isso, mas quando os homens pediram areca, ela lhes deu as coisas valiosas que conseguiu excretar. Todos os dias ela dava algo maior e mais valioso: brincos de ouro , coral , pratos de porcelana , facas , caixas de cobre e gongos . Os homens ficaram felizes no início, mas gradualmente decidiram que o que Hainuwele estava fazendo era estranho e, movidos pelo ciúme, decidiram matá-la na nona noite.

Nas danças sucessivas, os homens circulavam em torno das mulheres no centro da pista de dança, Hainuwele entre elas, que distribuía presentes. Antes da nona noite, os homens cavaram uma cova no centro da pista de dança e, destacando Hainuwele, no curso da dança, eles a empurraram cada vez mais para dentro até que ela foi empurrada para a cova. Os homens rapidamente amontoaram terra sobre a garota, cobrindo seus gritos com a música deles. Assim, Hainuwele foi enterrada vivo, enquanto os homens continuavam dançando na terra, pisando-a firmemente.

Ameta, sentindo falta de Hainuwele, foi procurá-la. Através de um oráculo, ele descobriu o que havia acontecido, então ele exumou o cadáver dela e o cortou em pedaços que ele então enterrou novamente na vila. Essas peças se transformaram em várias novas plantas úteis, incluindo tubérculos , dando origem aos principais alimentos que o povo da Indonésia desfrutou desde então.

Ameta levou os braços cortados de Hainuwele à mulua Satene , a divindade dominante sobre os humanos. Com eles, ela construiu para ele um portão em espiral através do qual todos os homens deveriam passar. Aqueles que poderiam atravessar o portão permaneceriam seres humanos, embora daqui em diante mortais, se dividindo em Patalima (Homens dos cinco) e Patasiwa (Homens dos nove). Os incapazes de passar pelo limiar tornaram-se novos tipos de animais ou fantasmas . A própria Satene deixou a Terra e tornou-se governante sobre o reino dos mortos. [5] Patasiwa é o grupo ao qual pertencem o povo Wemale e o Alune.

*

O termo "coco" foi desenvolvido pelos portugueses no território asiático de Malabar, na viagem de Vasco da Gama à Índia (14971498), a partir da associação da aparência do fruto, visto da extremidade, em que o endocarpo e os poros de germinação assemelham-se à face de um "coco" (monstro imaginário com que se assusta as crianças; papão; ogro), conforme conta o historiador João de Barros no seu livro Décadas da Ásia (1563) "[...]por razão da qual figura, sem ser figura, os nossos lhe chamaram coco, nome imposto pelas mulheres a qualquer coisa, com que querem fazer medo às crianças, o qual nome assim lhe ficou, que ninguém lhe sabe outro, [...].". Do português o termo passou ao espanhol, francês e inglês "coco", ao italiano "cocco", ao alemão "Kokos" e aos compostos "coconut", inglês, e "Kokosnuss", alemão.

USO

Do coqueiro, nada se perde. As folhas do coqueiro servem para cobrir os telhados das casas. O artesanato nordestino utiliza as fibras do fruto e das folhas para a fabricação de cordas, tapetes, redes, vassouras, escovas e outros produtos, tais como cestos, esteiras e chapéus. Do endocarpo do coco (casca dura) confeccionam-se inúmeros utensílios e ornamentos, a exemplo de colheres, cintos, brincos, colares, porta-canetas, pulseiras, descansa-pratos, entre outros. O tronco do coqueiro, além de ser usado na construção de casas rústicas, é utilizado pelos artesãos na fabricação de esculturas, arranjos de plantas, e móveis, que são comercializados em lojas e feiras populares. Do coqueiro são fabricados, ainda, redes e linhas de pesca, cordoalhas, sacos e broxas. A palmeira é utilizada, inclusive, como planta ornamental, embelezando casas, parques e jardins.

O coco como um todo contém proteínas, flavonoides, magnésio, gorduras, sais minerais – potássio, sódio, fósforo e cloro - hidratos de carbono e as vitaminas A, B1, B2, B5 e C. A Fibra do fruto, catequinas, epicatequina e taninos condensados. 

Apresenta diversas ações farmacológicas: Atividade antiviral e imunomoduladora, antiparasitária (triterpenos, saponinas e taninos condensados contra nematoides intestinais), cicatrizante, hipoglicemiante (fibras), antibacteriana (na água há peptídeos com expressiva atividade contra bactérias GRAM positiva e Gram negativa, além de ação antioxidante), antiulcerosa (o leite atua como cicatrizante de úlcera induzida por indometacina). O extrato aquoso da fibra apresenta atividade anti-inflamatória e antinoniceptiva -diminui a percepção da dor.

Da polpa branca do fruto, as indústrias alimentícias extraem um óleo, e fabricam, também, manteigas e margarinas. 

O leite de coco é um subproduto muito conhecido e utilizado na culinária brasileira, só pode ser extraído quando o coco está maduro. Para retirá-lo, basta quebrar a casca, soltar a camada interna (branca), adicionar-lhe um pouco de água, bater tudo no liquidificador e, em seguida, coar a mistura. O líquido resultante é o leite de coco. 

O óleo de coco traz muitos benefícios para a saúde e beleza por meio da alimentação e aplicação direta nos cabelos, pele, dentes e mucosas. 

Nos cabelos ajuda a prevenir danos causados pelo uso de química (clareamentos) e termicamente (água quente do chuveiro, calor de chapinhas, secadores, etc.). Isso porque, de acordo com o estudo, o óleo de coco ajuda a evitar a perda de proteínas e água dos cabelos, além de servir como um filme lubrificante.

O óleo de coco é um ótimo adjuvante na diminuição da formação de placa e gengivite induzida por placa - o que o torna um aliado na higienização bucal diária. E muitas pessoas o utilizam como creme dental alternativo.

A indústria de produtos de limpeza também o utiliza para fazer sabões, que inclusive têm fama de serem mais sustentáveis que outros tipos de agentes limpantes com ação detergente.

O coco é usado, ainda, pela indústria de cosméticos. Possui propriedades emolientes obtidas através dos óleos saturados proporcionando maior suavidade e maciez à pele e aos cabelos. Também possui ação hidratante para a pele e para o couro cabeludo através dos sais minerais e dos açúcares. Já as proteínas dão condicionamento à pele e aos cabelos proporcionando maior volume e brilho aos cabelos. As vitaminas atuam como nutrientes tanto para a pele como para o couro cabeludo.

CARACTERÍSTICAS

Nome Científico: Cocos nucifera

Nomes Populares: Coco, Coco-da-baía, Coco-da-praia, Coqueiro, Coqueiro-anão, Coqueiro-da-índia

Família: Arecaceae como o Antulio

Ordem: Arecales como o Acaí

Ciclo de Vida: Perene

Palmeira com caule sem ramificação e anelado, podendo atingir até 30 metros (variedade arbórea) ou 3 metros (variedade anã)

Reprodução por frutos-sementes. Não suporta frio e geada Prefere clima quente e solo alcalino, muito bem drenado e arenoso. Produção a partir do sexto ano de plantio

Folhas: grandes e pinadas, com até 6 metros de comprimento. pêndulas, largas, com folíolos de coloração verde-amarelada, rígidas.[7]

Inflorescências: paniculadas, com belos cachos pendentes, de cerca de 1 metro, carregados de numerosas e pequenas flores brancas ou amareladas. As flores masculinas abrem-se em momentos diferentes das femininas, na mesma palmeira, possibilitando a polinização cruzada.

Fruto: Botanicamente falando, um coco é um fruto seco simples classificado como drupa fibrosa (não uma noz).

A casca (mesocarpo) é fibrosa e existe um "caroço" interno (o endocarpo lenhoso). Este endocarpo duro tem três poros de germinação que são claramente visíveis na superfície exterior, uma vez que a casca é removida. [GABI só inverti, pois fala do fruto]

Forma drupáceo ovóide, quase globoso, de coloração esverdeada a amarela, de casca lisa, com cerca de 25 cm de comprimento e 15 em de diâmetro, que demora a amadurecer, quando então torna-se castanho. Polpa abundante de até 2 cm de espessura. Cavidade central contendo a conhecida `água-de-coco´. É através de um destes que a pequena raiz emerge quando o embrião germina.

REFERÊNCIAS

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12558183 - Antimicrobial and antiviral activiries of polyphenolics from Cocos nucifera Linn husk fiber extract

PEREIRA, A.M.S; FERRO, D - UCPMC – 10º Encontro avançado de plantas medicinais: 102-7, 2010 Monografias impressas pelo Núcleo Espirita Labor, Fé e Amor – Araxa-MG

bottom of page
window.addEventListener('load', function() {document.getElementById("SITE_FOOTER").innerHTML+='
Link whatsapp
';});